quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Roubando corações...


Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
... e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.

(Luís Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

AMOR ou SEXO???


Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal.
Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo.
- Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney...
Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz: - Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar.
Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco.
E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor.
Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta.
Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso.
Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos.
Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão.
O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posterior pelos prazeres do sexo.

O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde.
O amor precisa do pensamento. No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam.
O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas.
O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude.
O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade.
O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece.
Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos.
Amor é propriedade. sexo é posse.
Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio.
Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST.
O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo.
Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte.
Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”.
Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade.
Amor muitas vezes é uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora.
Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues).
O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge.
O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come.
Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra?.
O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo.
Amor é egoísta; sexo é altruísta.
O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas...
O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica.
O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã.
Amor é literatura.
Sexo é cinema.
Amor é prosa; sexo é poesia.
Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo.
O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo.
O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE.
Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR.
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado.
Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados.
Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust).
O grande sexo sente-se como uma tomada de poder.
Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta).
E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

(Arnaldo Jabor)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

O que eu tambem não entendo....


Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo
Amar não é ter que ter sempre certeza
É aceitar que ninguém é perfeito pra ninguém
É poder ser você mesmo e não precisar fingir
É tentar esquecer e não conseguir fugir, fugir
Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém é por você que fecho os
olhos
Sei que nunca fui perfeito mas com você eu posso ser
Até eu mesmo que você vai entender
Posso brincar de descobrir desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos e até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você eu tô tranquilo, tranquilo
Agora o que vamos fazer, eu também não sei
Afinal, será que amar é mesmo tudo?
Se isso não é amor, o que mais pode ser?
Estou aprendendo também

(Jota Quest)

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Te fazer me enxergar e se enxergar em mim...


Aqui
Eu nunca disse que iria ser
A pessoa certa pra você
Mas sou eu quem te adora
Se fico um tempo sem te procurar
É pra saudade nos aproximar
E eu já não vejo a hora
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

Aqui
Agora que você parece não ligar
Que já não pensa e já não quer pensar
Dizendo que não sente nada
Estou lembrando menos de você
Falta pouco pra me convencer
Que sou a pessoa errada
Eu não consigo esconder
Certo ou errado, eu quero ter você
Ei, você sabe que eu não sei jogar
Não é meu dom representar
Não dá pra disfarçar
Eu tento aparentar frieza mas não dá
É como uma represa pronta pra jorrar
Querendo iluminar
A estrada, a casa, o quarto onde você está
Não dá pra ocultar
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim

(Ana Carolina)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O valor da amizade.


Você já parou para pensar sobre o valor da amizade?
Às vezes nos encontramos preocupados, ansiosos,em volta há situações complicadas, nos sentindo meio que perdidos, mas somente o fato de conversarmos com um amigo, desabafando o que nos está no íntimo, já nos sentimos melhor, mesmo que as coisas permaneçam inalteradas.

Quantas vezes são os amigos que nos fazem sorrir quando tínhamos vontade de chorar, mas a sua simples presença traz de volta o sol a brilhar em nossa vida.

A simplicidade das brincadeiras pueris, da conversa informal,momentos de descontração que muitas vezes pode ser numa conversa rápida ao telefone, no vai e vem do dia ou da noite,no ambiente de trabalho ou de escola, enfim, em qualquer lugar a qualquer hora.

Entretanto, não existe só alegria, amor, felicidade nesta relação que como em qualquer outro relacionamento,passa por crises passageiras, por momentos intempestivos, abalos ocasionais.

Ainda que tenhamos muito carinho pelo amigo em questão,às vezes por insegurança, por ciúme, por estarmos emocionalmente alterados ou nos sentindo pressionados, acabamos sendo injustos com ele e isso pode ser recíproco.

Podemos comparar esse elo de amizade ao tempo que passa por alterações climáticas constantemente, mas é dessa forma que aprendemos a nos conhecer, compartilhar momentos, que se desenvolve uma amizade.

Diante do amigo somos nós mesmos, deixamos vir à tona nossos pensamentos a respeito das coisas, da vida, nos mostramos como verdadeiramente somos.

Há amigos que nos ensinam muito, nos fazem enxergar situações que às vezes não percebemos o seu real sentido, compartilham a sua experiência conosco, nos falam usando da verdade que buscamos encontrar.

São eles também que nos chamam a razão, chamando a nossa atenção quando agimos de modo contraditório, que nos dizem coisas que não queremos ouvir, aceitar, compreender.

Ao longo de nossa vida muitos amigos passam por ela e nos deixam saudade, mas também deixam a recordação de tudo que foi vivido.

É na amizade verdadeira que encontramos sinceridade, lealdade, afinidade, cumplicidade, simplicidade, fraternidade.

Amigos são irmãos que a vida nos deu para caminhar conosco ao longo da nossa jornada espiritual, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir.

VIVO OU MORTO - Meu reino por uma pessoa interessante!


Não sei mais o que fazer das minhas noites durante a semana.

Em relação aos finais de semana já desisti faz tempo: noites povoadas por pessoas com metade da minha idade e do meu bom senso. Nada contra adolescentes, muitos deles até são mais interessantes e vividos do que eu,mas tô falando dos de "fabricação em série".

Tô fora de dançar os hits das rádios e ter meu braço ou cabelo puxado por um garoto que fala tipo assim, gata, iradíssimo, tia. Tinha me decidido a banir a palavra "balada" da minha vida e só sair de casa para jantar, ir ao cinema ou talvez um ou outro barzinho cult, desses que tem aberto aos montes em bequinhos charmosos.

Mas a verdade é que por mais que eu ame minhas amigas, a boa música e um bom filme, sinto falta de um amor. Já tentei paquerar em cafés e livrarias, não deu muito certo, as pessoas olham sempre pra mim com aquela cara de "tô no meu mundo, fique no seu".

Tentei aquelas festinhas que amigos fazem e que sempre te animam a pensar "se são meus amigos, logo devem ter amigos interessantes". Infelizmente, essas festinhas são cheias de casais e um ou outro esquisito desesperado pra achar alguém só porque os amigos estão todos acompanhados. Tô fora de gente desesperada, ainda que eu seja quase uma.

Baladas playbas com garotas prontas para um casamento e rapazes que exibem a chave do Audi, tô mais do que fora. Baladas playbas com garotas praianas hippie-chique que falam com voz entre o fresco e o nasalado (elas misturam o desejo de ser meigas com o desejo de ser manos com o desejo de ser patos) e rapazes garotos-propaganda Adidas com cabelinho playmobil, também tô fora. MUNDO IDIOTA. O que sobra então? Barzinhos de MPB? Nem pensar. Até gosto da música, mas rapazes que fogem do trânsito para bares abarrotados, bebem discutindo a melhor bunda da firma e depois choram "tristeza não tem fim, felicidade sim" no ombro do amigo têm grandes chances de ser aquele tipo que se acha superdescolado só porque tirou a gravata e porque fala tudo metade em inglês, ao estilo "quero te levar pra casa, how does it sound?" Para dançar, os muquifos eletrônicos alternativos são uma maravilha, mas ainda que eu não seja preconceituosa com esse tipo, não estou a fim de beijar bissexuais sebosos, drogados e com brinco pelo corpo todo.

Tô procurando o pai dos meus filhos, não uma transa bizarra. Minha mais recente descoberta são as baladinhas também alternativas de rock. Gente mais velha, mais bacana, roupas bacanas, jeito de falar bacana, estilo bacana, papo bacana. Gente tão bacana que se basta e não acha ninguém bacana.

Na praia, quem é interessante além de se isolar acorda cedo, aí fica aquela sensação (verdadeira) de que só os idiotas vão à praia e às baladinhas praianas.

Orkut, MSN, chats. me pergunto onde foi parar a única coisa que realmenteimporta e é de verdade nesta vida: a tal da química.Mas então onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? O tempo está passando, meus ex já estão quase todos casados, minhas amigas já estão quase todas pensando no nome do bebê. E eu? Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindoo mais idiota de todos? Foi então que eu descobri.

Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?

(Tatiane Bernardi)
*** Cansei, quero uma amor de verdade, um amor que possa ser sentido pelas duas partes;
Amar sozinha so traz sofrimento! ***

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Agora que o carnaval terminou...


Agora que o verão passou,
Agora que céu já mudou de cor,
Agora que o carnaval terminou,
quando eu vou te ver amor?
Foi bom te conhecer,
pelas ruas encontrar você,
Estou contando os dias pra te ver,
Boa viagem,
te vejo no ano que vem,
Boa viagem,
vê se pensa em mim também,
Boa viagem,
me liga sempre que puder,
Vou te esperar ano que vem se Deus quiser!!!