
Hoje resolvi morrer
Morrer para os sonhos
Morrer para mim
Cansei de carregar o peso da dor
De desenhar cenas invisíveis as retinas
Não quero mais fechar a porta da ilusão
Sufoquei as falsas alegrias
Quebrei todos os anseios do medo
Dei carta de alforria para o coração
Pintei as asas da solidão de azul
Soprei ao vento todas as plumas da saudade
Esvaziei a caixa de segredos da alma
Enxuguei lágrimas de cristais
Roubei o brilho do sol
Iluminei o templo da vida
Me senti livre
Diluída de mim
Sem presente, passado nem futuro
Me despi para a lucidez do mundo
Renasci em outro universo
Travestida de outro ser.
Zena Maciel
2 comentários:
Oiee bom dia!
Lindo, lindo, que as asas da solidao fiquem azuis por muito tempo.
Beijos Flor!
Forte ne ? me comoveu...
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