sexta-feira, 5 de outubro de 2007

...eu sentei e chorei...


Hoje estava lendo um livro e em determinadas partes dele parecia que eu era a personagem...
Os mesmo sentimentos, pensamentos, medos e angustias.
Por isso resolvi colocar um pedaço onde a personagem fala exatamente como me sinto no momento...


"... comecei a imaginar como gostaria de estar vivendo naquele momento. Eu gostaria de estar alegre, curiosa, feliz. Vivendo intensamente cada instante, bebendo com sede a água da vida. Confiando novamente nos sonhos. Capaz de lutar pelo que queria.
Amando um homem que me amava.
Sim, esta era a mulher que eu gostaria de ser e que de repente aparecia, e se transformava em mim.
Senti que minha alma se inundava com a luz de um Deus em quem não acreditava mais. E senti que, naquele momento a “outra” deixava meu corpo, e sentava-se num canto do pequeno quarto.
Eu olhava a mulher que tinha sido ate então: fraca, procurando dar a impressão de forte. Com medo de tudo, mas dizendo para si mesma que não era medo, era sabedoria de quem conhece a realidade. Construindo paredes nas janelas por onde penetra a alegria do sol... Para que seus moveis velhos não ficassem desbotados.
Vi a outra sentada no canto do quarto frágil, cansada, desiludida. Controlando e escravizando aquilo que deveria estar sempre em liberdade: seus sentimentos. Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado.
O amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida, sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar. É preciso aceita-lo, porque ele é o alimento de nossa existência. Se nos recusarmos, morremos de fome vendo os galhos da arvore da vida carregados, sem coragem de estender a mão e colher os frutos. É preciso buscar o amor onde estiver, mesmo que isso signifique horas, dias, semanas de decepção e tristeza.
Por que no momento em que partimos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.
E nos salva."


Trecho retirado do livro "Nas margens do rio Piedra eu sentei e chorei"
do autor Paulo Coelho

5 comentários:

Lapa disse...

CRISTÓVÃO DE AGUIAR

(PASSAGEIRO EM TRÂNSITO), (RAIZ COMOVIDA), (RELAÇÃO DE BORDO I; II; III), (MARILHA), (A TABUADA DO TEMPO), (MIGUEL TORGA O “LAVRADOR DAS LETRAS”) Já chegou ao Brasil.

CONHEÇA ESTE ESCRITOR MAIOR DA LÍNGUA PORTUGUESA.

A CULTURA UNIVERSAL AGRADECE.

SAUDAÇÕES LITERÁRIAS,

LAPA

By Ana D disse...

Li esse livro, apesar de não gostar muito do Paulo Coelho..Li, porque o título me chamou atenção...E tem razão as viv~encias da personagem são muito intensas...

Curare disse...

Este livro é lindo!
Engraçado quando eu li tbm me vi nestas palavras, e hoje percebo que pouca coisa mudou.

Beijos Flor!
Uma ótima semana pra vc!

Loh_rayne disse...

nossa que perfeito !

kero leeer
*-*

:*

Anne disse...

Li esse livro faz tanto tempo que a minha mente já deletou boa parte do conteúdo, acho que vou ler denovo...
Lindo esse trecho que vc transcreveu, gostei mesmo! Espero que vc tb deixe a "fraca se fazendo de forte" e parta pra tudo de bom que os dias podem trazer...
Bjos, lindona!!!